No último dia 26 de agosto, o Parangolé da Cultura na Universidade se colocou no meio de campo entre cultura e futebol para pensar a importância disso, naquilo e o reverso também. Recebeu em sua roda de conversa, o meio de campo Afonsinho, motivo da música de Gilberto Gil interpretada por tantas vozes, como a de Elis Regina.
E, de fato, fazer um gol nessa partida não foi fácil. Levantado as situações de vínculos entre cultura e futebol, ninguém menos que Juca Kfouri posicionou os problemas do futebol em torno das entidades que organizam o futebol e até mesmo o fato de os times serem instituições privadas.
O professor do IE, Eduardo Bastian, apontou para a dificuldade do futebol se manter como evento cultural quando grande parte dos times, inclusive os internacionais, estão vinculados a empresas como seus patrocinados. São esquemas táticos predefinidos, voltados para os negócios dessas organizações, situação a partir da qual o torcedor popular tem sido impedido de estar nos estádios, equipamentos esportivos que tem, por sua vez, perdido, cada vez mais, a estrutura de lugar de manifestação cultural, uma vez que o ato futebolístico representa um lugar simbólico de entretenimento. Maria Isabel Paiva, estudante da FND e uma das mediadoras, além de apresentar questões importantes sobre a presença feminina nesse esporte, tanto em relação às jogadoras quanto às torcedoras, também provocou os debatedores, apresentando as perguntas inscritas pelos perguntadores junto com Wal Souza.
O primeiro Parangolé foi pensado completamente pelos estudantes do Centro de Ciências Jurídicas e Econômicas e foi proposto por eles na câmara de cultura, um tipo de conselho da Coordenação que realiza o evento. O tema da quarta edição do Parangolé deste ano já se tornou um clássico e, com certeza, terá novas edições.
Se você perdeu o evento ao vivo, pode assistir sua gravação pelo link abaixo:
https://youtu.be/rHQxdabN8PA
Matéria: Wal Souza – Coordenadora de Atividades Culturais do CCJE