Primeiro Parangolé de 2020

Convidados e participantes do primeiro Parangolé de 2020

Na última quinta-feira (28) aconteceu a primeira edição do Parangolé da Cultura na Universidade de 2020. O encontro foi online em conexão aberta para o público através de live (streaming), e debateu o Cruzamento entre Cultura e Saúde.  Na mesa virtual estavam o Cônsul Yang Huiquan, representando o Consulado Geral da China; Sr. Miguel do Lago, diretor do IEPS (Instituto de Estudos para Políticas de Saúde), representando o Consulado Geral da Espanha; Adriana Facina, Docente do PPGAS/MN/UFRJ; Richarlls Martins, Docente do NEPP-DH/UFRJ; Sandra Benites, Doutoranda do PPGAS/MN/UFRJ; Vera Pape-pape, Flautista, Presidente do Sindicato dos Músicos de Minas Gerais da UFRJ. 

Em formato de conversa, os participantes colocaram em evidência os desafios da UFRJ diante da pandemia da COVID 19. Destacaram a importância da humanização das relações sociais e o respeito às diferenças. Adriana Facina (PPGAS/MN/UFRJ) disse que “o papel da universidade pública é se reinventar, mas sem deixar ninguém para trás”. 

Sandra Benites (PPGAS/MN/UFRJ), que é Guarani Nhandewa, do Mato Grosso do Sul, trouxe a perspectiva indígena para o debate acerca da saúde. Falou sobre o conhecimento ancestral dos povos indígenas e a importância de se pensar intelectualmente sob diferentes perspectivas. “É preciso criar novos caminhos a partir da diversidade; falar a nossa verdade ainda é um desafio”, afirmou. 

Richarlls Martins, Docente do NEPP-DH/UFRJ

Ainda no âmbito da saúde, os convidados pontuaram como as desigualdades se acentuam em momentos de crise. Para Richarlls Martins (NEPPDH/UFRJ), a pandemia é o grande marco do início do século XXI. Pessoas em situação vulnerável serão mais afetadas pela crise e por isso precisam de atenção especial. “Estamos em um momento em que fica evidente os perigos da desigualdade social”, completou Vera Pape Pape.

Pape Pape também falou sobre a produção cultural em tempos de pandemia, “a cultura nos ajuda a recuperar o pensamento crítico e os sentidos, e isto nos humaniza, já que somos a medida daquilo que sentimos”, disse. E foi através de trocas de vivências e saberes que o Parangolé Virtual trouxe luz aos temas atuais. Apesar dos enormes desafios, a universidade pública pensa novos horizontes  e um futuro menos desigual, com respeito às minorias e espaço para debates democráticos.